A Rede Globo enfrenta um paradoxo em relação aos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Apesar de ter assegurado um faturamento significativo com a adesão de oito patrocinadores, as projeções indicam que a emissora pode não lucrar com o evento. Segundo informações da “Folha de S. Paulo”, os altos custos operacionais e de aquisição dos direitos de transmissão são os principais fatores por trás dessa possível discrepância financeira.
Patrocínio e Receita
A Globo já celebrou contratos com cinco empresas para o patrocínio das transmissões olímpicas na TV aberta, incluindo Ambev, Nivea, Piracanjuba e Claro, com cada cota vendida por R$ 67,5 milhões.
Além disso, XP Investimentos, KTO e Netshoes investiram em cotas para a cobertura do SporTV e outras plataformas digitais, cada uma ao preço de R$ 33,5 milhões. Com essas parcerias, a emissora acumulou uma receita de aproximadamente R$ 438 milhões.
Custos Associados
Os gastos da Globo com os Jogos Olímpicos são significativos. Para começar, o valor investido na aquisição dos direitos de transmissão é expressivo e foi ainda maior antes da empresa renunciar à exclusividade nas mídias fechadas e no streaming, com o pagamento sendo realizado em dólar.
Outro aspecto relevante é o custo operacional associado à cobertura contínua do evento, que inclui a logística para enviar uma equipe de cerca de 400 profissionais para Paris, dos quais 60 cobrirão as competições na França e no Taiti, local das provas de surfe.
Esse cenário financeiro complexo coloca em destaque os desafios enfrentados pela Globo na realização de um evento de magnitude global, como os Jogos Olímpicos, equilibrando a expectativa de receita publicitária com os volumosos investimentos necessários para uma cobertura de qualidade.