Emerson Francisco da Silva enfrenta suspensão até 2026 após acusações de assédio a jovem atleta. Emerson Francisco da Silva, anteriormente vinculado à Confederação Brasileira de Ciclismo, enfrenta uma severa reprimenda. Em 2018, ele foi acusado de assediar sexualmente uma atleta de apenas 18 anos, o que culminou em sua suspensão pelo Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB) por um período de dois anos.
Restrições abrangentes impostas pelo Cecob destacam que Emerson está impedido de ocupar qualquer posição dentro do movimento olímpico, o que inclui não apenas o COB, mas também todas as confederações e federações olímpicas brasileiras. Tais medidas foram tomadas para assegurar uma atmosfera segura e protegida para os atletas, com o Comitê Olímpico Brasileiro notificando a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) a fortalecer seus mecanismos de proteção contra o assédio.
O Globo revela que a denúncia inicialmente apresentada à CBC não foi adequadamente investigada, o que levou à sua subsequente avaliação pelo setor de Compliance do COB e redirecionamento para o Cecob.
A CBC recebeu instruções para revisar e aprimorar seus procedimentos internos, focando na comunicação, governança, prevenção de assédio e abuso, além do suporte às vítimas. Tanto a confederação quanto Emerson precisam demonstrar participação em um programa educacional sobre a proteção de atletas contra abuso, oferecido pelo Comitê Olímpico Internacional.
Detalhes do Incidente Segundo a Vítima
A jovem, que preferiu manter sua identidade anônima, compartilhou com o UOL, em junho de 2023, sua experiência perturbadora. Ela estava no Rio de Janeiro para treinamentos, hospedada com o técnico e outras colegas.
Ela narra que, em um momento de isolamento com Emerson, ele lhe ofereceu uma bebida e iniciou uma conversa de teor sexual, tentando beijá-la sem consentimento. Diante da recusa, ele prosseguiu para agir de maneira ainda mais inapropriada.
Ações Legais e Consequências
A atleta buscou a polícia e registrou uma conversa com Emerson, onde ele insinua que o incidente deveria permanecer um segredo. Este caso evidencia não apenas as falhas nos mecanismos de proteção dentro das organizações esportivas, mas também a necessidade urgente de uma cultura de respeito e segurança para todos os atletas.