O Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) está prestes a formalizar uma denúncia contra John Textor, proprietário da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo, pela não entrega de alegadas evidências de corrupção dentro do futebol brasileiro. Na sexta-feira passada (8), foi ordenado ao empresário que fornecesse as provas que alega possuir, as quais sustentariam acusações de suborno relacionadas a árbitros nacionais. Inicialmente, Mauro Marcelo, relator do processo investigativo, impôs uma suspensão automática a Textor, decisão que posteriormente foi revertida após não obter o apoio necessário dos demais auditores, optando-se por levar o assunto para julgamento pleno do STJD. A situação foi divulgada em primeira mão pelo jornal O Globo e posteriormente confirmada pelo Lance!.
Textor não cumpriu o prazo de três dias estabelecido pelo tribunal para a entrega das provas prometidas em 6 de março. Em defesa, os representantes legais do empresário americano argumentaram que o STJD não possui jurisdição para intervir no caso, indicando que as evidências seriam entregues diretamente ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e de Brasília.
Assim sendo, Textor encontra-se em vias de ser acusado sob o artigo 223 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que penaliza a inobservância ou a demora no atendimento de decisões judiciais. A penalidade aplicável pode variar de uma suspensão de 90 a 360 dias, além da possibilidade de uma multa no valor de R$ 100 mil, caso seja considerado culpado pelas acusações.
