Filipe Toledo, destaque do surfe brasileiro e campeão mundial por duas vezes, trouxe à tona um debate já conhecido no mundo do surfe ao declarar que se afastará do circuito mundial em 2024, optando por competir exclusivamente nos Jogos Olímpicos. Toledo mencionou a saúde mental como sua principal preocupação, ecoando sentimentos de outros grandes nomes do esporte.
Gabriel Medina, outro gigante brasileiro do surfe e dono de três títulos mundiais, fez uma pausa nas competições de janeiro a maio de 2022. Medina compartilhou que se sentia esgotado, não só pelas demandas físicas e mentais do esporte, mas também por questões pessoais, incluindo o fim de seu casamento com a modelo Yasmin Brunet.
No cenário feminino do surfe, a história se repete. Stephanie Gilmore, com oito títulos mundiais, e Carissa Moore, cinco vezes campeã mundial, anunciaram intervalos em suas carreiras para se regenerarem física e mentalmente. Gilmore optou por um ano sabático, enquanto Moore anunciou uma pausa por tempo indeterminado após sua participação nos Jogos Olímpicos, buscando novas experiências além do surfe.
A jovem campeã Caroline Marks, aos 22 anos, também revelou ter feito uma breve pausa anteriormente, citando dificuldades tanto mentais quanto físicas e uma fase de autoquestionamento.
O surfe, frequentemente visto como um esporte de lazer e relaxamento, esconde um cenário competitivo intenso. Os atletas enfrentam um calendário repleto de competições internacionais, exigindo constante deslocamento e um desgaste considerável. Essa realidade, marcada pela alta pressão e expectativas, tem levado muitos surfistas a reconsiderarem suas participações contínuas no circuito, buscando períodos de pausa para se recuperarem e reencontrarem o equilíbrio.